sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Da coragem

Cada vez precisando de mais força, espiei dentro de mim tudo que eu já vinha sentindo.A grande fortaleza, assim que me defino.Alguém que não mede o tamanho da tempestade, que encara tudo com muita naturalidade, entende as diferenças das pessoas, entende a criaçao de cada uma delas.Não sei mais chorar de tristeza.Depois de tamanha depressão, desaprendi a derramar lágrimas por pessoas.Minhas lágrimas são involuntárias; dor fisica ou raiva, mas mesmo assim, sem que ninguém saiba que sou passivel de erros.Os erros são inaceitáveis, por mais que eu seja humana.As pessoas me olham e me apontam.A crítica é semopre dura e a pior delas é a que vem de mim.Destrutiva sempre.Não sou capaz de aceitar o meu erro, mas o erro dos outros é perfeitamente passivel de compreensão.O apego é desnecessário.Não devo me apegar a nada, a ninguém.Tarefa dificil, principalemnte pra alguém como eu, que busca forças sempre nos olhares mais ternos.Amigos sinceros, pessoas que me querem bem e que cuidam de mim.Pessoas de quem eu cuido com muito prazer.São eles que me reergueram, depois de tantos erros e quedas.Sem saber o que eu tinha, me deixaram viva e me ajudaram na minha auto-reciclagem.Quem me conhece há mais de dois anos, não me conhece tão bem assim.O amor é algo que vem e vai.Amor de amigo, amor de amante.Eles vão sempre embora e a gente deve manter a mesma força.Não posso deixar as coisas me levarem; eu levo sempre minhas proprias coisas.Eu comando e chefio minha propria vida e eu imponho as regras.Não sei se elas são certas ou justas, mas meu lado egoísta é uma forma de proteger quem eu mais amo: eu mesma.É complicado encarar os erros dos outros como uma falha propria, mas os encaro assim.Sei que fui muito fraca ao ponto de me fazer de cega, de me fazer de desentendida.Errei nisso.Era pra reinvindicar, pra lutar e não aceitar muitas coisas que aceitei.Como pode fazer vista grossa diante de uma mentira tão grande?Como é admissivel uma outra pessoa apontar o dedo na sua cara e dizer o que você tem que fazer?Errei no meu passado a esse ponto e não quero mais ver nenhum rastro de alienaçao.Não preciso fazer loucuras para ser feliz.Não preciso ser tão imatura a este ponto.Eles todos vieram porque estão de passagem.Claro que alguns ficam mais tempo, mas a tendencia é apenas de férias de verão e a hospedagem é aqui dentro de mim.Meu coraçao é um albergue sempre aberto e disponível para coraçoes passageiros.A vida é assim, as pessoas são assim, eu sou assim também.Você escolhe, você é escolhido.Ou não.Você também pode ser rejeitado e isso faz parte.Você pode rejeitar.Quero voltar a ser auto-suficiente.Ser eu mesma e parar de me limitar.Parar de querer limitar os outros.A liberdade me chama e eu não sei se devo atende-la.Sei me prender, mas não sei me soltar.Mas sei tão bem como se é livre.E sei que ser livre é decidir por si mesma.Decidir sem pensar em ninguém que esteja me esperando.Odeio que me esperem, por isso sou tão pontual (sempre que posso).Odeio que me esperem, por isso que sou livre e não gosto de marcar com nada, marcar ninguém.Odeio a paixão.O amor é doce, mas a paixão é cítrica.A paixão te prende numa parede aspera, te engole como um bicho muito grande.Ela não te deixa pensar nem agir direito.Ela faz com que você se hipnotize, se deixe envolver numa atmosfera de prazer e dor e não sabe dizer não a nada.Se entrega como um peixe a uma isca.Aproveita sem saber que aproveitam de ti.Pegam toda a boa essencia que voce tem, arranca de você tudo que você reconstruiu de bom para si e levam embora.E deixam você vazio, sem nada, sem esperança.O amor vem de mansinho e não exige nada.O amor pode existir apenas porque ele é belo, e não porque há um ser amado.Amar o amor é verossimil, é aceitavel.Ninguém se apaixona pela paixão.E ai, se é amor, dura mais; se é paixão, não.O que seria essa coisa que as pessoas sentem?Esse desejo, essa loucura?Onde fica a coragem pra sair dessa arte tentadora de fechar os olhos e sentir?Um pouco carne, um pouco alma.Onde fica a alma dilascerada depois de tanta carnificina?A alma pertence ao amor, a carne pertence a paixao.Mergulhada em conteitos, em comportamentos, em amor e paixão.Quando se diz eu te amo?Quando se ama, ou quando se deseja?E quando desejamos e quando amamos?Vixi, acho que a coragem pra ser imparcial a si mesmo passou longe.Eu preciso de coragem, aceitar que preciso fugir.Eles sempre serão iguais.
Pat =) - 02/06/2007

2 comentários:

Laio disse...

Patrícia...
Eu gostei do texto, é gostoso de ler, e nele você toca em temas importantes e, sob certo aspecto, polêmicos. A primeira questão que me veio ao ler o texto foi o erro, sobre o qual você fala logo no comecinho: No nosso cotidiano estamos constantemente nos avaliando e nos perguntando sobre os nossos atos. É essencial pensar sobre o erro. Que tipo de avaliação é essa que fazemos quando dizemos que estamos errados? Será que não é o senso comum nos afetando? O que é o erro? Por que ele existe para nós seres humanos?

[na minha opinião, pelo menos neste momento da minha vida, tendo a fugir desse conceito, o conceito de erro. Eu penso que as pessoas uma hora se dispõem a umas coisas, outra hora se dispõem a outras coisas, não estão certas, nem erradas, nunca.]

É pra pensar gente!
Me ajudem aí...

um abraço!

Tiano YiffiY disse...

Gostei muito, embora não concorde na separação e depreassão (é com SS?) da paixão.

Mas eu trabalho com o conceito de amor e paixão no mesmo patamar.

Mas enfím, viva as vertentes diferentes de pensamento humano, poético e literário!

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