quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Meu Primeiro Beijo

Eu sou muito joselito né? Só pode. Só alguém como eu pra ser tão sem-noção que posta um texto como esses... pessoal... não me zoem tá?! Eu tenho problemas!!! O.o


16 de outubro. "Hoje é o dia!" pensei. Há 17 anos esperava por aquilo, na verdade já havia demorado tanto que nem me importava tanto com aquilo, mas enfim, o dia havia chegado. Tanto tempo resumido em que? Um ou dois minutos? Mas eram um ou dois minutos magníficos! Que podem mudar sua vida! Pensava uma de minhas consciências.
Vamos repassar. Você sai da prova, fala com ela. Ela com certeza vai dar a entender que quer ir... vocês vão. Mas... e ai?
- No colégio? - pensei.
Não, muita gente conhecida.
- No ponto?
Ponto de ônibus? Que anti-romântico!
- Dentro do ônibus?
Mas trepida muito... seria um péssimo começo.
É... teria que ser por lá mesmo... o Shopping! O lugar mais óbvio de todos.
- Mas Ygor, pode não rolar nada. Vocês só vão pra lá, pra comprar uma borracha não é? Uma borracha! Se acontecer algo... ah, se acontecer algo... aconteceu!
Minha cabeça, como sempre, em nada me ajudava.
Acabada a prova, a encontrei. Mas como previa, só o fato de vê-la já me deixava congelado como se ela dissesse "venha, tô aqui, deixa de ser molengão! Bora!!!! Não tenho todo o tempo do mundo!" congelava porque não trabalho sob pressão, mesmo que ela não dissesse aquilo, eu sentia, e pra mim era a mesma coisa.
- Ygor ce não vai não? Daqui a pouco é o niver da Bia.
Fomos...
Opção Colégio: Descartada
No ponto falamos da prova mas minha cabeça trabalhava a mil. Eu pensava no que tinha de fazer e pensava que estava pensando muito no que fazer. Uma confusão só, que resultou em...
Opção Ponto de Ônibus: Descartada
No ônibus seria o grande momento! Não haveria como errar a não ser que... a não ser que um grupo de velhinhas que pareciam ter saído de um asilo não enchessem o ônibus... velhinhas sempre reclamam!!
Opção Ônibus: Descartada.
Chegando lá, ela foi comprar a borracha, pra minha infelicidade na primeira loja que viu.
- Por que não podia ser nas Lojas Americanas? Até lá já tava preparado. - pensei, cada vez mais nervoso.
Após ter comprado ela fez A PERGUNTA:
- Pra onde vamos?
E eu dei A RESPOSTA (após encher os pulmões):
- Para... Siciliano!!
- Siciliano? - ela perguntou.
- Claro, Siciliano.
- Lá é o seu território não é?
Não respondi com tanta vergonha que tava da minha resposta...
- Siciliano Ygor?! Que isso? Tá maluco?!! Isso lá é hora de ver livros? Você já faz isso todas as vezes que vem aqui. Você não veio pra comprar, nem ler livros!
Enquanto entrei, abri uns livros, li alguns, mostrei outros pra ela, minha cabeça só dizia: "Sai daí Porra!!!".
Saímos... não tava conseguindo... não adiantava fingir ser uma pessoa que eu não era.
Então, dessa vez, EU fiz A PERGUNTA:
- Eai Kitty? Pra onde vamos?
E ela me deu A RESPOSTA:
- Você que sabe.
- Me fodi! - esse foi o pensamento instantâneo que passou por mim. Tava esperando que ela falasse. Justo ela! Uma garota tão extrovertida, que sempre, pensava eu, tinha pedido pra ficar com os garotos... por que ela tava tão tímida?
- Tá bom, respondi. - e saí andando.
- Ygor, pensa... um lugar, lugar, lugar... Praça de Alimentação?
- Não. Tem que ter uma proximidade maior.. .as cadeiras atrapalham.
- Alguma loja?
Nesse pequeno tempo ainda consegui imaginar, eu entrando em uma dessas lojas de roupa. A atendente chegando e perguntando:
- Deseja alguma coisa senhor?
- Sim, quero ter uma atitude... você me ajuda? Precisa ser tamanho GG.
- Temos nas cores...
- Pára Ygor!! Não desvirtua! Pra onde você vai levá-la?
Até que meu instinto me levou pro lugar mais óbvio dentro da própria obviedade. O local que eu chamo de Muro das Lamentações, que de lamentação, na verdade, não tem nada. Lá perto do Playcity no NorteShopping.
- Pra onde você tá me levando? - perguntou.
- Não sei. Vamos por aqui e ver onde saímos. - respondi.
Tá, foi o cúmulo do cinismo, porque ambos sabiam onde aquele caminho daria, mas foi a coisa mais sensata que consegui dizer!
Lá chegando, casais se pegando (surpresa!) e um guarda... pessoas no parque, mesmo que vazio... era chegada a hora.
- Kitty, vou abrir o jogo. Eu não sei o que fazer.
- Olha... eu vou te falar... sou tradicionalista
- (ai meu deus!) Como assim?
- Pra mim, é o homem que toma a iniciativa
- PU-TA QUE PA-RIU! - o pensamento foi tão forte que quase falei.
- Ygor, tu tá na cara do gol, sem goleiro, é chutar, não é possível que tu erre!
Mas eu ficava lá parado. Era como se milhões de informações estivessem passando pela minha cabeça e eu estivesse dando tilt.
Fui me aproximando...
- Então eu vou - disse.
Só que sempre parava antes de começar.Na minha cabeça aquela situação era muito falsa como se fosse algo do tipo "ponho a mão aqui. Agora vou pôr aqui. Vou chegar perto. Estou abrindo a boca. Estou encostando a língua..." quer dizer... nada a ver!
A partir de agora, se quiser ter uma visão muito próxima de como estava me sentindo, pense num cara que acabou de broxar pela primeira vez. Tava assim mesmo.
- Desculpa Kitty. Eu não to conseguindo.- dizia, quase que choramingando, abraçado a ela.
- É só um beijo, seu viado! - pensava. Mas no meu caso, pensar não é agir.
Me lembro que a abracei mais umas 3 vezes. Até que chegamos ao estágio critico, fase 2.
- Ygor, você realmente quer ficar comigo?
- Eu qu, acho que vo-vo-cc, acho que u-u, ô! Acho que tipo, eu quero fisc-fic-ficar...ô! Sim, eu quero. E você?
- Eu também.
E fez-se o silêncio. Era agora... era o momento! Mas quem disse que eu me mexi? Um só palmo! Se você agora tá com um sentimento de raiva ou algo parecido, acredite, me senti da mesma forma.
Rimos e nos abraçamos e passamos ao estagio critico, fase 3, ameaça nuclear.
- Tá, eu vou contar até 3 tá Ygor? No 3 você vai.
- Tá... tô preparado.
-1...
-2...
- Péééra! Pára! Tá falso... falso demais.
Nos abraçamos, rimos, eu quase chorando, e a contagem se repetiu por mais 2 vezes. Até que 3 fatores mudaram essa rota...
Enquanto estávamos abraçados percebi que o guarda estava com um sorriso de canto de boca, se divertindo com a minha desgraça... maldito!
Estávamos atrasados para o aniversário da Bia.
Ela disse: "Ygor... estamos atrasados... é agora ou nunca."
...................................................................................................................................................
"Porra!!! Consegui! Nossa! É bom! Quanto tempo Ygor! Pára de pensar!! Aproveita!!! Se concentre no que está fazendo!"
Não sei o que aconteceu, a adrenalina foi tão grande que só me lembro de já estar beijando e ainda assim, pensando. Mas foi por pouco tempo... depois do meu primeiro beijo eu fiquei calminho, calminho.Quase um Nirvana, eu diria. Não pensava em mais nada. E como havia pensado no começo de tudo isso, foram 17 anos de empecilhos, pensamentos-lixos, que se resumiram em maravilhosos minutos, mas eu não precisava ter pensado tanto!
E essa foi a historia do meu primeiro beijo...
Claro, podem havar pequenos detalhes que nao foram contados ou alguma coisinha acrescentada, mas 99% disso realmente aconteceu... eu existo, ela existe... e sim... essa história aconteceu!

3 comentários:

Pat disse...

1)essa historia é fofinha demias, pai-eterno...

2)sabe o que podia ser feito?Lançar um tema por mes, sei lá, pra fazer uma especie de dialogo literário, o que cê acha?

3)e divulgar o blog de quem tem

^^

Rony Ron-Rén disse...

2 - boa ideia!! podemos lancar sim!
3 - pois é... o blog tá cru ainda... precisava dos links direitinho pra eu comecar a por...voce eu sei q tem um blog... o cris sei q tem um flog mas nao sei o end... enfim... por ai

Pasargadeiro disse...

hahhaha, essa história é, no mínimo, interessante.

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SoSuechtig, Burajiru