quinta-feira, 8 de novembro de 2007

-o fio de Seda-

Minhas pobres crianças.
Eis aqui seu guardião de sonhos.
Petrificado com a imprudente inocência
Desses olhares de tom risonho.

Minhas almas guardadas.
Será que o guardião pode voltar a sorrir?
Sabendo que suas línguas são como facas.
Prestes a fazer meu orgulho de protege-las ... Ruir.

Enfim chega a hora que os pássaros se vão.
Com as asas que eu ajudei a fortalecer.
Mas sem empurrão do guardião.
Pois existe um fio de seda
Entre não saber agradecer e a ingratidão.

Não use seu voar pra me ferir criança.
Quem sabe o guardião será morto.
Pelo seu bater de asas torto.
Que como suas palavras, na minha frente dança.
E com um suspiro irreal pro alto se lança.

Alguma hora meus pássaros se vão.
Com as asas que eu ajudei a fortalecer.
Mas sem a ronda do guardião.
Afinal, ainda há o fio de seda
Entre não saber agradecer e a ingratidão.

De cima da torre de sua proteção.
Estão os marejados olhos do guardião.
Que quer se recusar a enfrentar ver.
A queda de suas crianças a morrer.



____X_____

Então, é bom eu postar aqui pq eu ESQUECI desse negócio que eu escrevi.
Então, evolução da poesia do Tiano, poema de 2005. Acho que foi a primeira coisa que eu escrevi na adolescência que rimava. E dane-se a métrica, essa aí eu desconheço.
Eu não AMO, mas sei observar com carinho essa poesia.

2 comentários:

Pat disse...

Eu ja conhecia esse poema...

bunito, Cris, mto a ver com vc...seu lá, tem seu estilo de hj...

Bjus

Bianca disse...

poema lindo, meio paternal, meio "sonho"...adorei o clima "simbolista"

lindo lindo mesmo!!!!

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SoSuechtig, Burajiru